Em períodos eleitorais, as pesquisas de intenção de voto ganham destaque no noticiário e nas redes sociais, alimentando debates intensos sobre sua confiabilidade e influência. No entanto, é comum que esses levantamentos sejam alvo de interpretações equivocadas ou de críticas infundadas, muitas vezes motivadas por desinformação. Compreender os métodos utilizados e os limites estatísticos das pesquisas é essencial para distinguir mitos de fatos e valorizar seu papel no processo democrático.
Diferente do que muitos acreditam, uma pesquisa eleitoral séria não tem como objetivo prever o resultado final da eleição, mas sim registrar um retrato momentâneo da opinião pública. Para isso, institutos utilizam amostragens representativas da população, com critérios técnicos rigorosos de segmentação por região, gênero, faixa etária e escolaridade. A margem de erro e o intervalo de confiança são parâmetros estatísticos fundamentais para interpretar corretamente os dados divulgados.
A credibilidade de uma pesquisa está diretamente ligada à transparência de sua metodologia e à regularidade de sua divulgação. Quando feitas com responsabilidade, elas ajudam a orientar campanhas, informar o eleitor e até revelar mudanças de comportamento do público. Em tempos de fake news, compreender como essas aferições são feitas é um passo importante para fortalecer a confiança nas instituições e no processo eleitoral como um todo.