Após um início de ano com leve otimismo, a confiança do consumidor brasileiro voltou a oscilar no segundo trimestre de 2025, segundo levantamento realizado. A pesquisa revela que 62% dos entrevistados acreditam que a economia ainda inspira cautela, e 48% afirmam estar evitando compras parceladas por medo de instabilidade financeira.
O índice de percepção econômica geral, que mede o sentimento da população sobre sua situação financeira atual e expectativas futuras, caiu 6 pontos em comparação com março. A inflação acumulada nos alimentos, aliada à elevação de juros para o crédito pessoal, tem impactado diretamente o comportamento do consumidor, que passou a priorizar gastos essenciais e buscar alternativas mais acessíveis para produtos do dia a dia.
Outro dado que chama atenção é o aumento no número de pessoas que afirmam ter recorrido a bicos ou renda extra para complementar o orçamento um salto de 38% para 45% em apenas quatro meses.
Apesar do cenário desafiador, a pesquisa aponta que setores como farmácias, serviços por assinatura e produtos de bem-estar seguem crescendo, impulsionados pelo conceito de autocuidado e pela busca por previsibilidade nos gastos. Para especialistas, acompanhar de perto a curva de confiança do consumidor será essencial para que empresas e gestores públicos ajustem suas estratégias ao novo momento econômico.